

O grupo de 15 membros da Comunidade das Caraíbas (CARICOM) afirmou, na segunda-feira (5 de Junho), que está empenhado em abordar a questão da poluição por plásticos e em promover padrões de consumo e de produção sustentáveis, numa altura em que a comunidade global celebra o Dia Mundial do Ambiente.
A CARICOM afirmou que a poluição por plásticos é um dos “desafios ambientais mais prementes do nosso tempo, afectando os nossos oceanos, a vida selvagem, a saúde e o clima”.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), mais de oito milhões de toneladas de plástico vão parar aos oceanos todos os anos, o que equivale a despejar um camião de lixo de plástico por minuto. O plástico também contribui para as emissões de gases com efeito de estufa em todas as fases do seu ciclo de vida, desde a produção até à eliminação.

“A CARICOM está empenhada em abordar a questão da poluição plástica e em promover padrões de consumo e produção sustentáveis”, afirmou o agrupamento regional, referindo que tomou “algumas medidas” em consonância com o tema do Dia Mundial do Ambiente de 2023.
A CARICOM afirmou ter adoptado uma estratégia regional para a gestão do lixo marinho e dos microplásticos, que visa reduzir a produção e o impacto dos resíduos de plástico no ambiente marinho e na saúde humana.
A estratégia foi articulada pelos líderes regionais na sua cimeira em Antígua, em 2019, e faz parte da Declaração de São João, que inclui medidas como a proibição dos plásticos de utilização única, a promoção de modelos de economia circular, o reforço dos sistemas de recolha e reciclagem de resíduos e a sensibilização e educação do público.

“A CARICOM está a apoiar os seus Estados-Membros na elaboração e aplicação de políticas e legislação nacionais para combater a poluição por plásticos e promover o desenvolvimento sustentável. Por exemplo, vários países da CARICOM já proibiram ou restringiram os plásticos de utilização única e os produtos de esferovite, tais como Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Domínica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trindade e Tobago”, afirmou o organismo regional.
O Secretariado da CARICOM, sediado na Guiana, encomendou subsequentemente um estudo para explorar a orientação económica e técnica de alternativas aos plásticos e várias proibições para apoiar a transição dos Estados-Membros.

Além disso, os Estados membros da CARICOM apoiaram a iniciativa do PNUA ao lançarem uma campanha regional denominada “Clean Seas Caribbean” (Mares Limpos das Caraíbas) em 2021, que incentiva os governos, as empresas e os indivíduos a tomarem medidas para reduzir a poluição por plásticos e proteger a biodiversidade marinha.
A campanha apoia iniciativas como a limpeza de praias, eventos sem plástico, políticas de contratos públicos ecológicos e desafios à inovação.
Entretanto, os altos funcionários responsáveis pelo ambiente reunir-se-ão em 19 de Junho para debater questões ambientais prementes, incluindo a forma de coordenar o empenhamento da CARICOM durante a negociação de um tratado global juridicamente vinculativo para reduzir a poluição causada pelos plásticos.
A reunião precede a conferência ministerial que terá lugar no final deste mês durante a 108.ª reunião extraordinária do Conselho de Comércio e Desenvolvimento Económico – Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (COTED).
“Ao tomar essas e outras ações, a CARICOM está demonstrando sua liderança e compromisso em combater a poluição plástica de forma holística e proteger o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. O Dia Mundial do Meio Ambiente de 2023 é uma oportunidade para todos nós unirmos forças e agirmos por um Caribe mais limpo e mais verde”, disse a entidade.
-CMC-
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